CAPACITISMO

HISTÓRIA E CONSCIÊNCIA SOCIAL

Fotografia em estúdio com fundo branco. No centro da imagem, há uma mulher sentada em uma cadeira de rodas motorizada. Ela tem pele preta, cabelos longos, lisos e escuros, soltos sobre os ombros. Usa óculos de armação preta, batom vermelho e expressão neutra, voltada para a frente. Ela veste um vestido preto curto e um blazer lilás por cima. Calça tênis pretos. As pernas estão descruzadas, e as mãos repousam sobre o colo. À direita da imagem, sobre um puff bege claro, há uma pequena pilha de livros, uma ampulheta e uma faixa de formatura roxa com a palavra "História" bordada em dourado. O ambiente é claro, com iluminação suave e sem outros elementos visuais além dos descritos.

Por muito tempo, nós, pessoas com deficiência, fomos impedidas de ocupar diversos espaços. 

Isso porque não correspondemos a um padrão construído historicamente pela sociedade, dito como “normal”. 

Esse padrão se sustenta em uma lógica de exclusão chamada capacitismo — um sistema de opressão que discrimina e inferioriza pessoas com deficiência, baseando-se na ideia de que nossos corpos e modos de existir são inadequados ou precisam ser corrigidos. O capacitismo está presente em atitudes, estruturas, políticas e discursos que colocam a deficiência como algo a ser superado, escondido ou tolerado, e não como parte legítima da diversidade humana. 

Eu sou Aleska Trindade Lima, mulher com deficiência, doutoranda em História, e sei que minha deficiência não é limite — é território. Um território que move, que pensa, que pesquisa, que incomoda. Um corpo que resiste aos padrões e transforma a margem em centro. 

Falar de capacitismo é falar de mim, de nós, e da urgência de reconstruir o mundo para que caibam todos os corpos — com dignidade, afeto e pertencimento. 

Porque não é sobre superação — é sobre justiça social. 

E essa história a gente escreve junto.

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